Entenda a importância de revisar e de relacionar novas informações a conhecimentos prévios para guardar melhor as informações.

Existem diversas estratégias de memorização que podem ser utilizadas pelos estudantes para reter melhor o conteúdo estudado. Esquemas, mapas mentais, resumos, revisões, músicas e exercícios são alguns desses recursos. Porém, para que eles tenham efeito, é preciso entender as teorias por trás deles e adaptá-los de acordo com a própria rotina e método de estudo. 

A maioria dessas estratégias surgem de um princípio básico: a retomada de conteúdo ao longo do tempo. Ou seja, trata-se de entender que as matérias estudadas anteriormente são esquecidas à medida que novas informações surgem. Isso acontece devido ao próprio mecanismo do cérebro de descartar as memórias que considera menos relevantes para dar espaço às mais recentes. 

A curva do esquecimento

Um dos estudiosos que analisou esse processo foi o psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus (1850-1909). Ele foi um dos pioneiros na hipótese da “curva do esquecimento”, um gráfico criado para ilustrar o declínio da retenção de memória ao longo do tempo. 

O gráfico de Ebbinghaus demonstra que existe uma queda na porcentagem de conteúdo retido à medida que o tempo passa [Reprodução: Wikimedia Commons]

Na época, ainda não se compreendia que é possível contornar essa curva por meio das chamadas “revisões espaçadas”. Em pesquisas posteriores, foi possível utilizar a hipótese de Ebbinghaus para entender o período de tempo que um conteúdo precisa ser revisto para se manter fresco na memória. 

Após uma aula ou leitura, é preciso ter uma revisão mais imediata, no dia seguinte ou na mesma semana. Nos meses seguintes, é possível fazê-la apenas uma vez por mês, visto que essa lembrança já sobreviveu aos declínios de memória mais acentuados e tornou-se mais fixa ao cérebro. 

Nesse contexto está a metodologia do Sistema Anglo de Ensino chamada “aula dada, aula estudada”, implementada desde o Ensino Fundamental e reforçada principalmente no Ensino Médio. Ela consiste na aplicação de tarefas práticas, como exercícios, com base no que foi aprendido pelo estudante naquele dia. O objetivo é incorporar o hábito de estudo na rotina do aluno, explorando o que foi trabalhado em sala de aula diariamente e promovendo a memorização e a organização pessoal. 

Relacionando novas informações a conhecimentos prévios 

Barbara Nanci, autora do material de Projeto de Vida do Sistema Anglo de Ensino, explica que, ao entrar em contato com novas informações, é preciso acomodá-las no cérebro, que por sua vez já possui alguns conhecimentos prévios. Uma boa forma de fazer isso é por meio do estabelecimento de relações de significado com o que já era conhecido. 

“Você percebe que há uma relação, mas num primeiro momento, ela não é tão clara ou objetiva”, diz ela. 

 Durante o trabalho intelectual de estabelecer relações lógicas e objetivas, o estudante precisa retomar seu raciocínio anterior para acomodar as novas informações. Dessa maneira, é como se fizesse uma revisão daquilo que já sabe ao mesmo tempo que expande seu conhecimento com o que lhe é novo. 

A especialista afirma que a retenção do conteúdo é fortalecida tanto pelo exercício de rememoração — a repetição ao ver novamente o conteúdo ou tema — quanto pela criação de novos significados e a sistematização das informações. 

Com isso em mente, é possível adaptar técnicas de memorização para ter um aproveitamento melhor. Por exemplo, em um resumo, a preocupação maior não deve ser o tempo que se passa escrevendo ou o quão bonito ele é, mas sim a organização das informações de uma forma legível, dinâmica e que seja fácil de reler posteriormente. 

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